No último dia das minhas férias, eu não queria dormir. A
cabeça doía insistentemente no alto do olho direito, mas eu não queria dormir!
Uma nuvem espessa estava parada sobre o telhado da minha casa e a brisa fria
que entrava pelas janelas, eu sabia, não era forte o suficiente para
dispersá-la de lá... No último dia das minhas férias, eu fiquei assistindo à TV
para não dormir. Primeiro foi 2012,
de Roland Emmerich, e depois The Help
(A Resposta e Histórias Cruzadas, o livro e o filme, respectivamente, no português),
de Tate Taylor – um drama norteamericano baseado na obra homônima de Kathryn
Stockett. Uma obra que aborda o preconceito racial existente no estado do Mississipi,
nos anos 60, assim como a capacidade que as pessoas têm de mudar o rumo das coisas e transformar as suas vidas. Eu já tinha lido o livro, mas assistir ao filme fez nascer em
mim o mesmo sentimento que a leitura havia despertado, anos atrás: a esperança. Eram pouco mais do que três horas da manhã quando se renovou em mim a esperança na criatura
humana e eu voltei a acreditar no potencial transformador que existe dentro de cada um
de nós... Era o último dia das minhas férias. A minha cabeça doía e
uma nuvem espessa cobria o céu sobre a minha casa, naquela madrugada. E eu sabia que a brisa fria
que entrava serelepe pelas janelas não era forte o suficiente. Mas eu sabia que ela
também ia passar. E agora tinha esperança... Por isso, eu não podia dormir!
Nenhum comentário:
Postar um comentário