Ele está por toda a parte. Dezembro chega e a movimentação
já é grande em torno da figura do Papai Noel. Na grande noite, muitos se reunirão em torno da
árvore decorada para a troca de presentes e o jantar tradicional.
A ornamentação das fachadas, as confraternizações e a ceia
farta, em tons de vermelho e verde, povoam o imaginário popular nesta época do
ano, reforçados, é claro, pelo alardeio dos apelos comerciais.
Mas apesar das luzes, o frenesi do consumismo segue ano a ano
aquecendo as vendas e empanando o brilho do verdadeiro Natal...
Não é a troca de presentes nem os enfeites com paisagens de
inverno europeu e as frutas secas que
simbolizam esta festa. Tampouco, as luzes que se acendem no frontispício das
casas retratam a grandiosidade desta data.
Não é o gorro vermelho do “bom velhinho”, ou o seu
“ho-ho-ho!”, nem as renas e o trenó, os sinos, as lâmpadas coloridas, o saco de
presentes que lhe dão sentido. Mas o cenário simples, ornado pela natureza, no
qual uma família pobre festejou a chegada do filho muito amado de Deus, na
Palestina, há mais de 2 mil anos.
Sem nenhuma pompa, o maior dentre nós aportou no mundo usando como símbolo a simplicidade de uma
estrebaria. Mas, ainda hoje, Jesus bate à porta, na manjedoura dos nossos
corações, perguntando se pode entrar...
Não nos pede nada nem exige sacrifícios fora do comum o
aniversariante. Não reclama presentes ou festa. Apenas convida a buscar o
infortúnio oculto nos amontoados humanos à margem da sociedade.
Convida a aliviar os corações alheios – sobressaltados de necessidades várias por trás de rostos tristes e corpos macerados – e afirma que tudo o que fizermos com relação a um destes irmãos mais pequeninos Seus, é a Ele mesmo que o fazemos.
Convida a aliviar os corações alheios – sobressaltados de necessidades várias por trás de rostos tristes e corpos macerados – e afirma que tudo o que fizermos com relação a um destes irmãos mais pequeninos Seus, é a Ele mesmo que o fazemos.
Mas enquanto as taças tilintam ruidosas nas festas natalinas
– regadas a vinho e deliciosas iguarias –, famílias estão ao relento,
abandonadas e esquecidas como o aniversariante.
Em seu lugar, elegemos a figura bonachona do Papai Noel,
que, embora pareça nos inspirar bondade, apenas reforça os nossos excessos e
nos reúne em festas exclusivistas, exacerbando ainda mais as velhas práticas do
egoísmo.
Um comentário:
lindo.
Marileide Souza
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