quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Um beijo, um abraço, um aperto de mão*

Vem não! Agora em minha mente nada vem. Apenas a saudade, essa malvada, que a essa hora teima em não dormir. Chega sorrateira, como quem não quer nada, se acerca do meu coração... E zás! Arregala os olhos - bem desperta -, estala a língua com gosto, abre os braços feito artista de circo, dá aquele sorriso e diz: - Estou aqui! E eu? Ora, essa! Eu aproveito a oportunidade de tão ilustre companhia: estalo um beijo na face dela, dou-lhe aquele abraço, estendo minha mão em direção à sua e a convido pra deitar aqui, bem pertinho de mim. E depois? Ôxe! Depois eu desligo o abat-jour e vou dormir, né?
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Sabe como é! Na vida, logo, logo tudo passa, então o melhor mesmo é se esforçar pra ser feliz.

*Alusão à obra homônima
do talentoso dramaturgo paulista,
Naum Alves de Souza, escrita em 1984.

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