domingo, 1 de abril de 2007

Ao mar

Como uma gota de chuva que esqueceu de soltar-se ao vento, a moça assiste a vida do alto de sua janela, no décimo sétimo andar.

Mas antes que amanheça e o horizonte reacenda o convite irresistível para viver mais um dia, ela expira a poesia do existir e se lança no vazio, abraçando a escuridão...

Porque a glória da gota é integrar o oceano, mesmo que não consiga escorrer rio abaixo.

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