sexta-feira, 20 de abril de 2007

A longa espera...

Queridos,

É escasso o nosso tempo, como também o vosso, eu creio. Se de mim dependesse apenas, eu escreveria todos os dias para vocês.

Porque não há prazer maior do que dividir convosco, as minhas impressões sobre o mundo; as minhas divagações.

Embora não deixem seus recados, não dividam com todos que visitam este espaço o que pensam sobre ele (a maioria só o faz pessoalmente), posso pressentir seus olhos ansiosos perscrutando as letras, percorrendo o vazio de prosas recentes, de histórias que ainda não foram contadas – todas guardadas nas gavetas da minha mente por pura falta de tempo.

Talvez aconteça com vocês o que acontece comigo quando passo de carro pelos lugares e meus olhos cruzam rapidamente com os de algum transeunte. É um contato breve, quase distraído, mas uma ligação se faz nesse instante fulgaz e eu me sinto, de alguma forma, atraída por aquele filho de Deus.

Fico imaginando seus passos ao longo daquele dia: Para onde vai? O que está fazendo ali? Quem lhe acompanha? Imagino a pessoa chegando em casa ao fim do dia: Como é a sua casa? Alguém a espera? O que vai comer? Que roupa bota pra dormir? Sobre o que pensa antes de cair no sono? Será que dorme bem?

Talvez seja isso mesmo o que se passa no interior de vossas cabeças, meus queridos e fieis leitores. Ao verem um texto antigo, de dois, três dias atrás, devem se perguntar: Porque ela não escreveu mais? O que tem feito? No que está pensando? Quando vai aparecer? Será que está bem?

Posso lhes garantir, amigos, que andei pensando em vocês todos esses dias. Que mal consegui esperar o momento ímpar de estar aqui mais uma vez. Que tenho corrido muito para ganhar o pão-nosso-de-cada-dia, embora a correria seja o meu habitual. E que foi só por isso, por pura falta de tempo, que tenho estado ausente. Mas que agora, podem apostar, me sinto a mais feliz das criaturas.

A satisfação cresce à medida que escolho as palavras, projeto imagens sobre as vossas mentes curiosas (uma curiosidade boa), e mando o meu abraço – gesto verdadeiro – para todos que me lêem.

Eu voltarei assim que me for possível. Prometo! De preferência, um dia sim, outro não, como costumo fazer. E vocês não perderão nada por esperar para ler o próximo texto. Portanto, me aguardem!

Nenhum comentário: