Quisera ter o dom que ele tem de me olhar por dentro e esperar surgir a primavera, quando é outono ou tempestade em tudo que há em mim.
Quisera saber vestir aquele olhar contrito, voltado pra si, como se estivesse diante de um confessionário: sem se importar, de verdade, se cometeu algum delito ou não.
Quisera redefinir minha’alma como os que malham o corpo, auto-iluminando-me a cada exercício que faça, no ato proposital de existir...
Porque longe do outro, somos apenas um semblante vago, mísero espectro, que se mira no espelho sem ter a grata surpresa de se ver refletir.
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