Depois de um longo tempo

Parece distante o tempo que vim por aqui. Mas mais distante ainda me parece o lugar em que me encontro agora, embora fique a apenas duas horas de Maceió...

De férias, em uma pequena cidade do agreste pernambucano chamada São Benedito do Sul, vou lhes contar em poucas palavras as aventuras e desventuras que têm me impedido de acessar esta página com uma freqüência maior.

Primeiro, antes de viajar, tive que enfrentar um vírus "do tamanho de um bonde", como dizia minha mãe, que infectou o meu computador quando a Jade baixou um singelo programinha para tratamento de fotos. Era maravilhoso, como disse ela. Maquiava, demaquilava e tinha uma enorme variedade de efeitos para pintar e bordar com os retratos tirados por minha filha.

Mas ele pintou e bordou mesmo foi com o computador da família. O que me deixou impossibilitada de passar por aqui para postar meus escritos, ou ler e-mails ou qualquer outra coisa, através desse fantástico meio de comunicação.

Apenas um dia ou dois depois disso foi que consegui acertar o meu horário com o de algum amigo para poder fazer isso da casa dele. Tarde da noite, véspera de viagem, um pequeno fragmento de texto foi o que deu pra postar.

Aqui encontrei a região imersa em água. Chuva da boa! Daquelas de verdade mesmo. O inverno em seu melhor estilo. Com direito a frio intenso aquecido com casacos de flanela, mantas, fogueira e generosas canecas de café.

O lugar é um antigo engenho fora da cidade onde mora minha irmã Ana e eu estou aproveitando para descansar e alimentar a alma. É lógico que uma boa leitura na rede, em meio ao canto dos pássaros e uma enorme variedade de verdes, tem contribuido muito para isso. Uma seção de cinema noturno com a família, reunida embaixo das cobertas, além daquela conversinha mansa embalando a madorna também tem sido uma prática diária...

Ontem o sol abriu um pouco e eu vim à cidade usar o computador para dizer ao mundo que ainda estou viva. Mas a peleja foi grande...

Nos únicos lugares que têm internet (órgãos da prefeitura) eu não consegui entrar, pois foi feriado na cidade por conta da festejos juninos e ninguém sabia quem estava com a chave do lugar. E na única lan house do lugarejo (que normalmente atende aos meninos que curtem aqueles joguinhos eletrônicos) a internet estava lenta.

Pois bem! Nem minha crônica semanal eu consegui enviar para O Jornal, como alguém pode ter reparado; que dirá dar um alô por aqui?

Não que eu seja neurótica pela rede ou que não consiga viver longe de um computador, mas, uma vez adquirido o hábito de dividir meus escritos com alguém, mesmo que alguns adoráveis desconhecidos, não posso negar que estava, como se diz aqui na terrinha, “num pé e noutro” para escrever pra vocês.

Na próxima semana estarei em Recife e aí então será mais fácil, eu acredito. De qualquer forma, estou acumulando histórias, encontrando pessoas queridas e absorvendo tudo que compartilho com elas: coisas que, mais tarde, alimentarão as nossas conversar e trocas por este pequeno, mas tão estimado espaço.

Por ora, mantenhamos a calma e tenhamos um pouco de paciência. Pelo menos vai valer o exercício...

Ah! E um beijo pro Nars, pra Nê, pro Deo, pra Elis, pra Serra, pro Lula, pra adorável chinesinha e para todos os amigos queridos que eu deixei em Maceió. E para Adilso, deixo um recado: Me aguarda que eu estou chegando. Depois de um longo tempo...