sábado, 27 de junho de 2009

Ao grande astro...

Vida plena!

E não aquela fantasia construída sob as migalhas da fama,
que tanto eleva quanto derruba o homem,
tanto destaca quanto desnorteia,
tanto ilumina quanto cega,
tanto reúne milhares de pessoas em torno de si
quanto o isola do mundo
numa solidão doentia e contraditóra...

Por gratidão,
por toda a alegria que trouxeste para as nossas vidas,
pela companhia incondicional nas horas longas de vigília
- nas descobertas da adolescência -
é que te dedico os versos do poeta,
que descerra os mistérios do Além
como uma obra completa e organizada
num intercâmbio constante entre o Lá e o Aqui.

Salve, Michael! Salve!

***

Crê-se na Morte o Nada, e, todavia,
A Morte é a própria Vida ativa e intensa,
Fim de toda a amargura da descrença,
Onde a grande certeza principia.

(Antero de Quental [espírito], “Fatalidade”)

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