domingo, 29 de julho de 2007

O décimo sétimo Fig

Imagino que aí esteja um belo dia de sol (me refiro à capital Alagoana). Até porque ontem, quando saí, reinava uma manhã imperiosa: brilhante, quente e clara. Também por que aqui amanheceu um céu assim, alegre e aberto, espantando a camada de ar frio que ontem cobriu toda a cidade.

Foi uma noite bonita, com gente igualmente elegante. Um frio gostoso e intenso, convidando as pessoas ao aconchego e ao uso do agasalho. Era um desfile de figuras interessantes, com roupas talhadas, principalmente, pela criatividade de seus usuários: botas de cano longo, longos casacos nas mais variadas estampas, cachecóis e gorros coloridos, luvas bem transadas... uma belezura!

Isso sem falar na fumacinha de ar quente que saia da nossa boca a cada nova baforada (as crianças adoram fazer isso e eu - não vou mentir! - também).

As pedidas da noite eram o chocolate quente e o vinho. Acompanhados de espetinhos de queijo ou de morango com chocolate, entre outras iguarias próprias da estação. Por todo lado, música de boa qualidade, arte e adereços do frio, além de artesanato alternativo, feito com a mais pura criatividade...

Falo do Festival de Inverno de Garanhuns, que este ano realizou (porque ontem foi o último dia) a sua 17ª edição. E como boa pernambucana, é claaaro, eu não poderia perder. O orgulho grita na veia ante as apresentações de frevo e maracatu (sempre atuais!), além da música alternativa, conduzida pelo som de tambores e da alfaia.

Este ano, a personalidade homenageada foi o escritor Ariano Suassuna (nada mais merecido!) - maior representante da cultura literária do estado. E eu confesso que só esse fato já deu um glamour todo especial ao evento - Ao senhor, todos os louros, mestre Suassuna! -, pois Ariano é o maior defensor da cultura popular de qualidade, principalmente, a nordestina.

A cidade, nessa época, transpira arte por todos os póros. Chega dá gosto de ver: as praças estão tomadas! Turistas de todos os lugares deixam Garanhuns mais festiva e colorida; prestigiada em todos os sentidos.

Tem “freguês” para todos os ambientes, adeptos de todos os gostos: todas as tribos dão o ar de sua graça! É algo realmente bonito de se ver. E se você tem parentes por aqui, então, nem se fala! Une-se o útil ao agradável.

É o meu caso: tenho dois irmãos que moram aqui, as respectivas cunhadas e os amados sobrinhos: um casal de Anselmo - Segundinho e Morgana -, já adolescentes, e os três de Luís Júnior, ainda pequenininhos.

Pela solicitação das filhas, que adoram "criança pequena", viemos para a segunda família, aproveitar a festa com Lucas, Tiago e Cacá - a princesinha da casa -, sob a regência e a hospitalidade de Márcia. A casa de Anselmo e Edjane ficará para outra oportunidade (até por que já ficamos lá de outras vezes).

"Eu gosto quando tia Ettinha vem, porque a gente passeia mais", afirma com um sorriso matreiro a pequenininha, de cinco anos. E com uma declaração dessas, como não sentir-se feliz com a escolha feita? Então, vou lá, curtir o carinho deles mais um pouquinho, visse?

Enquanto isso, tu te entretes com outra coisa, está bem? Porque família é desses bens preciosos que a gente não pode desconsiderar... Um abraço e até a próxima!
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@para Luís Jr, Márcia, Lucas, Tiago, Cacá e Scooby
(o mais novo membro dessa família),
que sempre nos recebem com muita alegria.

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