sexta-feira, 21 de setembro de 2007

O último vôo

Estava no chão, inerte, enquanto pessoas passavam ininterruptamente sem sequer se darem conta de que estava ali. Mas eu a vi, de imediato, assim que pousei os olhos pelos traços regulares do piso de tijolos vermelhos.
Estava morta, é verdade, mas era um dos maiores símbolos de liberdade e tinha o seu valor, apesar da estrutura fragil que apresentava.
Aproximei-me e peguei, delicadamente, a pequenina borboleta que jazia imóvel sobre o solo duro da rua principal de Jaraguá.
Guardei em uma folha de guardanapo branco, como uma homenagem à sua breve vida. Pois em algum momento o pequenino inseto deve ter ornado algum jardim e enchido de esperança alguma tarde com seu rodopiar suave em torno de alguma flor.

2 comentários:

Marcos Rodrigues disse...

E aí Yvette!

Adorei esse texto breve sobre a borboleta.

Em meio a loucura dos dias de correria, ainda consigo ver algumas por aí.

Ontem mesmo, entrei no fotoblog do Feitosa e capturei uma foto com uma bela mariposa.Coloquei-a, sem texto, em blog. Agora já sei com que ela combina. kk

Passa lá! Acho que vai ilustrar bem o que vc transformou em palavras.

Beijão!

Marcos Tchôla

Yvette Maria Moura. disse...

massa!
não é interessante como o universo conspira a nosso favor e como sempre captamos as suas doces mensagens quando nos permitimos ser receptivos a elas?
valeu a dica, Tchôla!
vou dar uma olhada.
bjão.