quinta-feira, 5 de junho de 2008

Na contramão do amor

As criaturas que provocam os “sinistros” assumem um grave compromisso com as Leis Universais, aumentando, assim, os seus dissabores.

Basta uma leitura rápida nas páginas dos jornais locais ou uma busca superficial nos sites de notícias da nossa cidade para se ter uma idéia do alto índice de violência que os finais de semana atingem em Maceió. É impressionante a quantidade de mortes nesses dias destinados ao descanso semanal e como a vida se torna o mais banalizado dos bens humanos.

Os meios são os mais variados; os motivos, também: acidentes automobilísticos provocados pela pressa, pela ingestão de álcool, pela irresponsabilidade na condução do veículo; armas de fogo que são disparadas em assaltos, nas brigas de trânsito, contra amigos, contra si mesmo...

São reações irrefletidas que acontecem, quase sempre, no calor das discussões, motivadas pelo orgulho ferido, pelo ciúme, pela raiva, pelo medo... Pelo descontrole emocional das criaturas, enfim, que fazem de qualquer motivo “um bom motivo” para atentarem contra a vida.

Na maioria dos casos, os envolvidos são homens, principalmente jovens, que deixam mães, viúvas ou filhos passando por diversos constrangimentos, além do ônus que carregarão dali por diante: a perda de um ente querido.

Se aguçarmos os olhos para um estudo mais aprofundado sobre essas questões, iremos compreender que, acima de tudo, as criaturas que provocam os “sinistros” assumem um grave compromisso com as Leis Universais, aumentando, assim, os seus dissabores.

Como a vida não cessa com a morte do corpo físico, ao violarem a maior de todas as leis – aquela que não dá a ninguém o direito de dispor sobre a vida de quem quer que seja, inclusive a sua –, constroem para si o próprio cárcere, do qual só serão libertados com o despertar da consciência. Semelhante ao que aconteceu com o amigo espiritual, que nos revelou, junto aos recônditos da mente, o maior dos seus erros...

“Quero contar a minha história!” Começou ele, numa mensagem psicografada no dia 11 de janeiro deste ano. “Quero falar, principalmente aos jovens, sobre o caminho curto e ilusório a que a pressa desenfreada da juventude, às vezes, nos leva”.

Falou do seu retorno à “Pátria Celeste” – de certa forma antecipada por ele –, no dia em que voltava de uma festa, tarde da noite, quando estava muito feliz, mas cansado o suficiente para ter um controle maior sobre os seus reflexos – um tanto quanto adormecidos pela exaustão.

“Escutem! Prestem atenção para não cometerem os mesmos erros!”, alertava. “Controlem essa pressa que lhes faz acelerar o pedal na condução do carro, que lhes leva a responder uma agressão antes de se permitirem a um reflexionamento maior... Não ganhamos nada com isso! E ainda podemos perder...”.

A pressa fê-lo crer que a potência do seu carro novo era tudo o que precisava para encurtar o tempo; e assim se deu.

O apelo emocionado desse jovem me parece agora, frente ao balanço de mais um fim de semana violento, tão necessário quanto oportuno. Permitam-me, então, leitor, transcrever ainda mais um pouco da mensagem desse irmão, que assina apenas como M., mas promete voltar em outras comunicações:
“Minha corrida foi interrompida num rápido cochilo; um abrir e fechar de olhos apenas e tudo havia fugido ao controle de minhas mãos... A dor, o desespero, a frustração e o medo foi tudo o que encontrei como fruto do meu ato impensado. Eu nada mais poderia fazer...

De sujeito de minha vida, passei a uma postura passiva de esperar a ação alheia, o auxílio dos enviados de Deus; caso contrário, ficaria perdido ainda, sem nada compreender por um longo tempo.

A oração dos meus entes queridos, dos amigos, de todos que pediram por mim, foi o que me ajudou a sair do desespero e da alienação em que mergulhei. [...] Eu tinha toda uma programação divina, mas por causa da minha pressa não consegui cumprir... Diga isso aos jovens! [...] Ajude-os a conhecer a verdade!”.

Reflitamos todos! Hoje ainda...

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