domingo, 10 de abril de 2011

Bodas de Turquesa

(Jade Neves, por ela mesma)


Nada como o fluir da vida, na sequência natural do tempo. Nem apressado demais, nem tão devagar, a vida segue sempre em frente, como diz o poeta. E o que se há de fazer senão seguir com ela, sem muita reclamação ou excessivo apego?


Dezoito anos se passaram daquela manhã de sábado em que a primogênita deu os primeiros sinais de que chegaria antes da data estimada. Aparentemente apressada, ela foi saindo bem devagarzinho do esconderijo amorosamente preparado para lhe abrigar.


Queria chegar antes, mas nada tão depressa assim; é fato. Por isso, começou a se movimentar na primeira hora do dia 10 de abril, mas só saiu mesmo no meio da tarde, às 16h30, ao som do sucesso carnavalesco daquele 1993: “é o bicho, é o bicho, vou te devorar, crocodilo eu sou”...


Como um bichinho acuado, era uma criança arisca, abusada por natureza. Mas foi recebida com tanto amor, acolhida por toda família, que a “jovem senhorita” (como ela própria se entitula nessa altura da vida), sorridente e carinhosa, que eu abracei nas primeiras horas desta manhã de domingo, nem de longe se parece com a menininha “raivosa” de outrora.


Semelhante às jóias valorosas, uma gema preciosa emergiu das camadas de cascalho com o passar dos anos, em que pacientemente todos nós nos debruçamos na tarefa ininterrupta de dar um novo encaminhamento ao querido espírito reencarnado entre nós.


Hoje, ao contrário, tem doçura até na voz, embora as tendências do signo mantenham a ascendência sobre a sua personalidade - ariana demais -, que vem sendo suavemente polida pela educação do lar e dos ensinamentos evangélico-espírita-cristãos.


O dia de hoje - que se abriu num sorriso luminoso após duas diárias de cinza e chuva - portanto, é motivo de festa e alegria para todos. A vovó Nega, a tia Simone e as irmãs Maya e Luana, além do sobrinho Caio e certamente o Painho, somaram-se a nós na oração dessa manhã, à mesa do café, quando agradecemos ao Pai pelos dezoito anos de Jade junto a nós.


“Agradecemos, Senhor (Senhor)

Estes momentos de paz (de paz)

Que te sentimos aqui (aqui)

Em vibrações fraternais (fraternais)


Na estrada da vida

Conduz-nos ao bem

Na alegria ou na dor


Seja o amor

Nossa bandeira de luz

Amado Mestre Jesus”


(A Prece - Grupo Acorde)

Um comentário:

Luana disse...

É o bixo, é o bixo, vou te devorar, CROCODILO EU SOOOOOOOOOOOOOU!!