terça-feira, 18 de setembro de 2012

Do fogão à tribuna


Os cataclismos e problemas hodiernos serão discutidos 
de forma mais profunda

Elas são vulgares, no sentido amplo da palavra. Revestem-se de nomes igualmente comuns e têm a aparência semelhante às de outras tantas que passam despercebidas no seu dia-a-dia. 

Diferem-se no corte dos cabelos, no colorido das unhas, no modelo dos sapatos, no timbre da voz...  Também nas profissões abraçadas, na maneira como se expressam, nos valores que cultuam... 

Mas todas, sem exceção, trazem o potencial divino, criativo e criador, de doar vida.

Mais do que espécimes de um gênero, pura e simplesmente, as mulheres são criaturas dotadas de funções especiais, e específicas, ligadas aos sentimentos e à intuição. Seja qual for a sua área de atuação, elas são convidadas pela própria natureza a empregarem a subjetividade que lhes diferencia a serviço da Criação.

Agora, entre o ideal e o emprego que cada uma dá ao talento que lhe é próprio, uma vasta gradação de ações e atitudes existe distorcendo o importante papel da mulher no mundo.

Forjado no cadinho doméstico, com longo histórico de opressão e preconceitos de toda sorte, além da submissão imposta e de cerceamentos vários, ao longo do tempo o gênero feminino desenvolveu qualidades que, somados aos dons divinos, só o diferenciam para melhor.

Na luta por igualdade de direitos, no entanto, muitas se nivelam por baixo, copiando o comportamento leviano e descompromissado de certos homens, além de se permitir aos vícios e joguetes sensuais como isso fizesse delas criaturas “mais fortes”. 

Na posição de comando, algumas repetem o modelo tirânico para esconder a própria inadequação e insegurança. Como comandadas, outras se deixam levar pela indisciplina e pela rebeldia, comprometendo a qualidade do serviço.

Mas a tarefa que lhes cabe é por demais grandiosa para que se desperdice a oportunidade de servir positivamente. Às mulheres cabe a tarefa de edificar o “mundo melhor” que todos nós almejamos. Gordas ou magras, altas ou baixas, velhas ou jovens, todas estão convidadas à grande construção.

Se aliarem a maternidade à educação, se unirem a solicitude materna às primeiras lições de ética e moral, se às orientações de higiene e beleza associarem os ensinos cristãos, o tempo empregado com os seus filhos, e pupilos, serão as horas mais preciosas da sua existência: o antídoto mais seguro contra os males do mundo e o convite traiçoeiro das más companhias.

Conscientes dessa responsabilidade, e desejosas por cumprir a parte que lhes cabe nessa construção, mulheres espíritas levam o seu amor e a solicitude materna para além de suas tarefas domésticas e do ambiente restrito de seus lares a fim de consolar os aflitos e despertar consciências para as verdades imorredouras do Pai.

Está em curso, até domingo, a vigésima oitava edição da Jornada da Mulher Espírita de Alagoas – um ciclo de palestras itinerante realizado por mulheres, com o apoio irrestrito de seus parceiros e filhos, com vistas à libertação moral da grande família social da qual fazem parte.

Neste ano, os cataclismos e problemas hodiernos serão discutidos de forma mais profunda, à luz da Doutrina Espírita, para orientar os mais alarmados e conclamar a todos para contribuir com o Bem, que já se instala no mundo nesse momento de transição.

Um comentário:

Anônimo disse...


Linda, Yvette! Obirgada pela parte que me toca, como mulher, nestas suas reflexões.
Bjos,
Conceição Farias.