sexta-feira, 2 de agosto de 2013

A cultura do extermínio


Resta saber se vamos nos posicionar sobre o assunto
ou engrossar a fila dos indiferentes

Como uma sombra deletéria sempre à espreita, os mensageiros do aborto em nosso país se escondem atrás de palavras e argumentos ardilosos com o único objetivo de confundir a opinião pública para emplacar o projeto de lei que visa legalizar este crime hediondo no Brasil.

Proposto pela deputada petista Iara Bernardi, com o número PL 60/1999, o termo usado primeiro foi “legalização”, depois “descriminalização”, e “incompatibilidade com a vida”, no caso dos anencéfalos, e agora “profilaxia da gravidez”, para vítimas de estupro.

Não importa o nome que se dê, este será sempre um ato covarde, totalmente avesso a qualquer cultura de paz que se deseje implantar em nosso país. Como clamar pelo fim da violência, se nós compactuarmos – por omissão ou indiferença – com a matança de criaturas indefesas, para quem temos o dever moral de dar proteção e guarida?

Desde o princípio, líderes religiosos de vários segmentos ocupam a linha de frente nesta batalha tentando evitar que o Brasil seja marcado pelo estigma deste crime hediondo, o que acarretaria em um atraso espiritual de largas proporções para toda a Nação.

Mas também médicos e cientistas vêm tentando alertar as autoridades para um direito absoluto, que vem sendo negligenciado pelos representantes do povo brasileiro no Congresso Nacional e até a própria presidente Dilma Roussef: a indisponibilidade da vida, desde as primeiras horas da gestação.

Comprovada em várias pesquisas científicas, realizadas no Brasil e no Exterior, a vida humana tem origem no ato da concepção. Quem duvidar que procure se inteirar sobre estudos como o da neurocientista norteamericana Candace Pert – que, entre outras coisas, comprovam a chamada “memória do embrião” – e conhecer histórias como a do doutor Bernard N. Nathanson, que passou de diretor da maior clínica abortiva do mundo a um dos maiores defensores da vida, através da medicina fetal.

Recentemente, a Associação Médico-Espírita do Brasil fez uma Moção de Repúdio ao Conselho Federal de Medicina (CFM) – que deu parecer favorável à prática do aborto até a 12ª semana de gestação –, encaminhada à comissão do Senado Federal que discute a reforma do Código Penal, em nome de 400 mil médicos que não foram ouvidos.

Na ocasião, uma edição especial da revista Saúde e Espiritualidade foi lançada, com artigos de vários estudiosos sobre as pesquisas que comprovam o início da vida humana no embrião, desde o momento da concepção.

Mas nada conseguiu demover os anjos da morte do seu intento criminoso: o PLC 03/2013 – que obriga o uso da “pílula do dia seguinte” em toda rede SUS, como “prevenção e tratamento dos agravos resultantes da violência sexual contra mulheres e adolescentes” – foi sancionado por Dilma. Um “direito” que nem sequer exige o boletim de ocorrência atestando o fato...

Caso a presidente não saiba, “profilaxia da gravidez” se faz com educação de qualidade, saúde para todos e condições sociais dignas, para que jovens (homens e mulheres) tenham melhores perspectivas de futuro e ocupação que lhes garanta a sobrevivência diária.

Num ardiloso jogo de palavras, e agindo à surdina como fazem os covardes, os mensageiros da morte estão maculando o nosso país com a ação criminosa do aborto, em nome de um “direito” que só cabe na imensa ignorância dessas ações e nos interesses escusos dos que lhes patrocinam. Resta saber se vamos nos posicionar sobre o assunto ou engrossar a fila dos indiferentes.

Um comentário:

Anônimo disse...

Acho que o problema não está no fato de ter sido legitimado o direito por si só. É que, ao legitimá-lo, as pessoas encontrarão sempre uma desculpa para essa prática tão cruel. Agora vai aparecer muita gente alegando estupro... Que me desculpem os defensores, não concordo com o aborto SOB HIPÓTESE NENHUMA! Mesmo para vítimas de violência. Se há uma vida a caminho, ela pode ser justamente uma manifestação do Amor de Deus para curar as feridas deixadas por essa agressão. E, se a vítima não se acha suficientemente preparada para ficar com a criança, entregue-a a quem possa cuidar. Mas nada, em absoluto, justifica matar essa criança. É o que penso.

Emmy Matias