segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

A resposta


No último dia das minhas férias, eu não queria dormir. A cabeça doía insistentemente no alto do olho direito, mas eu não queria dormir! Uma nuvem espessa estava parada sobre o telhado da minha casa e a brisa fria que entrava pelas janelas, eu sabia, não era forte o suficiente para dispersá-la de lá... No último dia das minhas férias, eu fiquei assistindo à TV para não dormir. Primeiro foi 2012, de Roland Emmerich, e depois The Help (A Resposta e Histórias Cruzadas, o livro e o filme, respectivamente, no português), de Tate Taylor – um drama norteamericano baseado na obra homônima de Kathryn Stockett. Uma obra que aborda o preconceito racial existente no estado do Mississipi, nos anos 60, assim como a capacidade que as pessoas têm de mudar o rumo das coisas e transformar as suas vidas. Eu já tinha lido o livro, mas assistir ao filme fez nascer em mim o mesmo sentimento que a leitura havia despertado, anos atrás: a esperança. Eram pouco mais do que três horas da manhã quando se renovou em mim a esperança na criatura humana e eu voltei a acreditar no potencial transformador que existe dentro de cada um de nós... Era o último dia das minhas férias. A minha cabeça doía e uma nuvem espessa cobria o céu sobre a minha casa, naquela madrugada. E eu sabia que a brisa fria que entrava serelepe pelas janelas não era forte o suficiente. Mas eu sabia que ela também ia passar. E agora tinha esperança... Por isso, eu não podia dormir!

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