segunda-feira, 30 de junho de 2008

Labirintos

Pela falta do que dizer, eu, muitas vezes, calo. Mas não é o caso agora! A palavra que ora não falo está sendo cevada para o momento oportuno e será colhida por mãos sem luva, dedos sem calo... Espera!

Se não a disse ainda é porque estava fora, num lugar onde a Internet e o celular são conhecidos, mas não pegam. E eu acho isso muito saudável, às vezes. Lugar onde o silêncio me fecunda a alma, que vai se transbordar em palavras mais tarde...

Portanto, se não exponho a palavra para que seja lida e avidamente engolida por teus olhos carentes de novidade, é porque a quero bem demais para permitir que seja tão rapidamente devorada e esquecida. É porque amo e respeito a palavra mais que tudo. é porque não a quero ver, ainda, partida de mim, feito um filho...

A palavra - essa que estou guardando com tanto cuidado - há de se revelar no tempo certo, mesmo contra a minha vontade. Porque ela tem vida própria. Porque ela já foi pensada e, uma vez pensada, já não me pertence mais...

Acalma-te, então, e aguarda! Por ora te alegra com esta breve prosa; depois haverá mais!

Quando chegar a hora e o momento for propício, eu abrirei a boca em febre e brasa, libertarei meus dedos saltitantes sobre o teclado e contarei histórias, muitas histórias. E compartilharei contigo, num momento ou noutro, o que tenho guardado em meus labirintos... Prometo!

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