quinta-feira, 10 de março de 2011

Presente!

Eu poderia dizer que foi efeito do carnaval, mas estaria sendo injusta. A “festa da carne” não tem muito a ver com isso, embora o feriado prolongado tenha me distanciado por quatro dias do universo virtual.

O fato é que me permiti mesmo ao desligamento total enquanto estive visitando Natal com as minhas filhas, irmãs, sobrinha e cunhado neste carnaval. Quando voltei, na noite da segunda-feira, após dez horas de viagem de ônibus varando a madrugada, estava enjoada demais para escrever alguma coisa nesta página que parecesse interessante.

Passei o dia vagando pela casa, tentando voltar ao normal a tempo de sair novamente (mais uma noite insone); só que, dessa vez, para fazer a cobertura jornalística do carnaval no litoral norte alagoano. A companhia dos colegas Eduardo Almeida e Seu Osmário ajudaram bastante para o meu refazimento naquele dia, diga-se de passagem...

Na quarta à tarde, tive tempo suficiente para escrever alguma coisa, mas não consegui tirar os olhos do meu-livro-de-carnaval-2011 (A Resposta - Kathryn Stockett) e acabei protelando o meu retorno ao blog.

Eu sou assim. Quando tenho um bom livro nas mãos, uma tarde/noite pela frente e o silêncio aconchegante da minha casa, não chego sequer a ligar a TV. Aliás, TV não é mesmo o meu forte quando estou sozinha.

É que eu voltei e as meninas permaneceram mais dois dias com as minhas irmãs, então, ficar “solteira” foi inevitável. E aproveitar o tempo, às vezes fazendo “nada”, é quase uma obrigação nesses momentos, além de um excelente exercício. Afinal, o tempo é tão corrido que acabamos perdendo o hábito de gastar algumas horas conosco mesmo...

E agora estou aqui – já com as meninas de volta –, deitada na cama com o netbook à minha frente, alinhavando essas breves retalhos de memória para cobrir o espaço que ficou vazio na última semana, além de oferecer aos meus leitores mais fiéis (uma meia dúzia, com sorte, eu suponho) algum novo Retrato Falado – pequenos fragmentos da minha vida (fotogramas escritos) que formam uma imagem minha.

Para fazê-los esquecer um pouco dos seus problemas, talvez...

Mas talvez seja mais que isso! Talvez seja essa necessidade de escrever que eu tenho; essa comichão que se move dentro de mim, feito lava fumegante prestes a explodir, pedindo que eu compartilhe momentos, ou conte histórias, que possam suscitar alegria, reflexão ou lágrimas aos meus leitores.

Essa coisa irresistível, que me faz abandonar por um instante qualquer compromisso mais urgente para desatar os fios da minha vida em breves linhas de poética escrita, que serão perscrutadas como num livro, e depositar nas suas mãos pleno julgamento.

Se sou boa ou se sou má, se louca ou sã, és tu quem vai decidir.

A única coisa de que tenho certeza, neste momento, é de que sim, sou eu, que mais uma vez se apresenta e se entrega: estou aqui.

2 comentários:

jacqueline disse...

já estava com saudades, ai de nós (meia dúzia)sem os seus escritos.

Yvette Maria Moura. disse...

hahahahahahahahaha...
obrigada pelo seu carinho, querida.
eu não sei o que seria de mim sem vcs... rss.